Delegado pede prisão preventiva de irmãos suspeitos de matar Vitor Henrique Pelicer em Birigui

Foto: Reprodução TV TEM
Da redação Diego Alves
O delegado Eduardo de Paula responsável pelo caso de Vitor Henrique Pelicer, assassinado a tiros na manhã desta terça-feira (25) em Birigui (SP), solicitou a conversão da prisão em flagrante dos irmãos de 18 e 20 anos, para prisão preventiva. A medida visa garantir a segurança das testemunhas e impedir que os suspeitos deixem a prisão antes do julgamento.

Segundo o delegado, as investigações apontaram que os irmãos agiram de maneira planejada, utilizando roupas escuras para dificultar a identificação e retirando a placa da motocicleta usada no crime. A motivação teria sido um descontentamento com uma decisão judicial envolvendo a vítima e um dos acusados, que sofreu uma lesão grave causada por Vitor Henrique em 2022.
Além da frieza na execução, o crime foi cometido em plena luz do dia e na presença do filho da vítima, de apenas 2 anos. Para a polícia, esses fatores demonstram periculosidade extrema dos suspeitos, reforçando a necessidade da prisão preventiva.
CONDUTA AGRESSIVA DURANTE A PRISÃO
Durante os procedimentos na delegacia, o acusado de 20 anos tentou agredir um policial civil, sendo necessário o uso da força moderada para contê-lo. O episódio resultou na inclusão dos crimes de desacato e resistência ao inquérito.
Diante desses elementos, a polícia acredita que, se soltos, os suspeitos podem representar risco à segurança das testemunhas e dos familiares da vítima. O pedido de prisão preventiva já foi encaminhado à Justiça e aguarda manifestação do Ministério Público.
POSSÍVEL MOTIVAÇÃO
Segundo apurado pela reportagem, uma briga iniciada em 2022 por causa de uma caçamba de entulho pode ter sido o estopim para o assassinato do eletricista autônomo Vitor Henrique Pelicer, de 33 anos, morto a tiros na frente do filho, na manhã de terça-feira (25), em Birigui (SP).
Os suspeitos do crime, os dois irmãos, de 18 e 20 anos, que moravam próximo à vítima. De acordo com a investigação, o conflito começou quando um dos irmãos, na época ainda menor de idade, acusou Pelicer de jogar lixo em uma caçamba alugada por sua família. A discussão evoluiu para uma agressão física, na qual o eletricista teria dado um soco na boca do adolescente, causando uma lesão.

Na época, a Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência. Pelicer alegou que apenas se defendeu das agressões e que familiares do adolescente tentaram atacá-lo com pedaços de madeira e vidro, sendo impedidos pelo pai dele. O caso virou inquérito e foi levado à Justiça, onde o eletricista passou a responder por lesão corporal grave.
Segundo a polícia, os irmãos não aceitaram o resultado da audiência judicial sobre o caso e teriam jurado matar Pelicer. As investigações apontam que o crime foi premeditado, e os suspeitos teriam se vestido de preto e retirado a placa da motocicleta usada na execução.
Ao serem presos, um dos irmãos negou o crime, enquanto o outro optou por ficar em silêncio. O inquérito segue sob responsabilidade do delegado Eduardo Lima de Paula, que ainda ouvirá testemunhas para esclarecer o homicídio.
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