Com apoio do Programa Mais Médicos, Santa Casa de Araçatuba amplia em 300% reserva de oxigênio medicinal

UniSALESIANO vai repassar R$ 355 mil à Santa Casa para novo tanque criogênico; hospital fará contrapartida de R$ 70 mil (fotos divulgação)
Da redação Diego Alves
Um aporte de R$ 355 mil, do Programa Mais Médicos, será efetuado pelo UniSALESIANO à Santa Casa de Araçatuba para substituição do Tanque Criogênico Vertical. O repasse, que corresponde à cota da Santa Casa de Araçatuba no Mais Médicos, foi aprovado pela diretoria do UniSALESIANO e pela Secretaria Municipal de Saúde, que integram o colegiado tripartite de deliberação para utilização dos recursos do programa. O hospital fará contrapartida de R$ 70 mil para complementar o custo total do projeto, orçado em R$ 425 mil.

O pedido do repasse foi apresentado pelo hospital em caráter de urgência para evitar desabastecimento de um insumo crucial e de uso ininterrupto por pacientes graves. O Tanque Criogênico é um equipamento destinado ao armazenamento de oxigênio medicinal para utilização em caso de pane na produção ou distribuição pela Usina de Gases Medicinais do hospital. O tanque, também chamado de backup, é crucial em superlotação pontuais de pacientes que necessitam de suporte de ventilação, como tem ocorrido desde o início deste ano em vários picos de casos de pacientes graves de doenças relacionadas à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Nessas circunstâncias, a produção/hora da usina é insuficiente para atender as demandas, principalmente dos 60 leitos adultos, pediátricos e neonatais das Unidades de Terapia Intensiva. “É um fator que representa ameaça à vida de pacientes graves que dependem de suporte de ventilação”, explica o provedor do hospital, dr. Everton Santos.
No plano de trabalho apresentado ao UniSALESIANO e à Secretaria Municipal de Saúde para aplicação dos recursos, o provedor argumentou que a superlotação de leitos intensivos na Santa Casa é recorrente e independe de surtos ou epidemias. “O hospital enfrenta há vários meses superlotação nas unidades de terapia intensiva, principalmente as voltadas à atenção pediátrica e neonatal, que excedem a capacidade em até 60%.
Diante dos episódios registrados, a equipe técnica identificou a necessidade de reavaliar a capacidade de armazenamento de oxigênio medicinal atualmente disponível, considerada limitada frente às demandas assistenciais do hospital. Também foi observada a ocorrência de corrosão nos equipamentos após 14 anos de uso contínuo, o que reforça a importância de adequações conforme os parâmetros estabelecidos pelas normas vigentes, incluindo aquelas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que orientam sobre os sistemas centralizados de suprimento de gases medicinais. A instituição já iniciou estudos para modernização do sistema, com foco na segurança e na eficiência do atendimento.
Capacidade 300% maior
Os recursos do Programa Mais Médicos vão possibilitar à Santa Casa de Araçatuba aumentar em 300% a capacidade de armazenamento de oxigênio medicinal. O equipamento atual, com capacidade para 5 mil litros, será substituído por Tanque Criogênico Vertical com capacidade para 20 mil litros, quantidade que assegura 72 horas de autonomia de fornecimento do insumo em situações de superlotação emergencial ou de pane na usina.

O sistema completo, que também inclui vaporizador ambiental e rede de distribuição inoxidável, foi projetado e será executado pela Nitrotec Indústrias Metalúrgicas Ltda. O prazo de entrega dos equipamentos é de 130 dias.
Ao destacar a importância da aprovação do projeto pela diretoria do UniSALESIANO e Secretaria Municipal de Saúde, representadas, respectivamente, pelo reitor pe. Paulo Vendrame e pelo secretário Daniel Martins Ferreira Júnior, o provedor da Santa Casa afirmou que “trata-se de um investimento com impacto altamente assistencial, plenamente justificado por critérios técnicos regulatórios e operacionais e a proposta se harmoniza perfeitamente com os princípios do SUS e do Programa Mais Médicos. A Santa Casa reafirma com esse projeto seu compromisso com a qualidade, a segurança do paciente e a sustentabilidade do sistema público de saúde”.




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