Adolescente é apreendido pela PM após esfaquear o padrasto, em Birigui
Da redação Diego Alves
Um adolescente de 16 anos, foi apreendido pela PM, após esfaquear o padrasto de 30 anos em um Lava Jato, no monte Líbano, em Birigui (SP). Após esfaquear o padrasto, o adolescente foi até o trabalho da mãe e disse que iria retornar para terminar o serviço. Porém a PM agiu rapidamente e conseguiu apreender o adolescente na residência em que ele reside com o padrasto.
Segundo foi apurado pela nossa reportagem, policiais militares realizavam patrulhamento de rotina pela Avenida Pedro Gonçalves, no Monte Líbano, quando por volta das 08h40mim, um homem foi de encontro com a viatura policial, e disse que estava aguardando a limpeza de seu veículo no Lava, momento que o empregado do Lava Jato, foi golpeado na barriga com uma faca pelo enteado da vítima, um adolescente, que em seguida fugiu.
Diante das informações, uma equipe da PM ficou no Lava Jato e outra foi até o endereço do infrator. A equipe militar que foi até o endereço da vítima, obteve êxito e encontrou o adolescente que prontamente confessou a prática do ato infracional de tentativa de homicídio. Segundo ele, o motivo seria proteger sua genitora, pois, segundo o adolescente, o padrasto havia agredido fisicamente sua mãe. No momento em que ele foi abordado, não estava portando nada de ilícito, e ao ser apreendido em razão do estado flagrancial, no caminho para a delegacia de plantão, ele mostrou onde a faca utilizada estava, e um pedaço de madeira, os quais foram exibidos e apreendidos.
TESTEMUNHA
No Lava Jato, os militares questionaram a testemunha, sobre o ocorrido, informando que ficou parte do tempo olhando o próprio celular, que só viu quando padastro correu do enteado. Ainda segundo a testemunha, após, viu o adolescente fugir do local e notou que o funcionário do lava jato, que é padrasto do adolescente, ficou ferido na região abdominal, pois a camisa começou a encharcar de sangue.
SOCORRO
A vítima, foi socorrida por um pedreiro, que trabalhava duas casas para baixo da lava jato, onde o conduziram no veículo próprio até o Pronto Socorro Municipal de Birigui. O proprietário do Lava Jato, não presenciou os fatos, porém, forneceu as imagens de monitoramento para elucidação, as quais foram disponibilizadas ao Delegado plantonista. O local ficou preservado, pois a autoridade policial requisitou a perícia do IC (Instituto de Criminalística). Sendo o menor infrator conduzido com a sua mãe até o plantão policial.
CIRURGIA
Os militares foram até o PSM, em conversa com a enfermeira, disse que médico informou que a vítima iriam passar por cirurgia no abdômen, encontrava-se em quadro estável. Conversou também, os militares, com a vítima, que disse que o autor era seu enteado.
MÃE
Já no plantão policial, a esposa da vítima e mãe do adolescente, disse que, por volta das 09h00min, o adolescente foi até ela em uma empresa de Calçados onde trabalha. Segundo ela o filho chegou e pediu para a recepcionista chamar a mãe que foi ao encontro ele. Neste momento, disse-lhe que tinha acabado de esfaquear o padrasto, na região abdominal, sendo que ainda estava em mãos, uma faca e um pedaço de madeira, e continuou dizendo a sua mãe que iria “voltar para terminar o serviço”. O patrão da mãe do adolescente chegou próximo do adolescente e pediu para acalmá-lo, pegou os objetos, sendo posteriormente entregue para os policiais militares, pediu para o adolescente ir para a própria residência e levou a funcionária até o PSM para saber notícias do marido.
Ainda durante seu depoimento, a mulher disse que tanto o filho, quanto o padastro, são usuários de drogas ilícitas, respectivamente cocaína e maconha. Alegando que tem o relacionamento conturbado, inclusive já terminaram o relacionamento, mas retornaram. Ainda segundo ela, há discussão constantemente entre o casal, porém nunca houve agressão física. Na imensa maioria das discussões, se davam em razão da abstinência do marido que ficava irritado. Sendo que o filho não concordava com tais discussões nem com o relacionameto e, aproximadamente há um mês, o mesmo disse a sua mãe que mataria o padrasto. Momento que ela disse que isso não era coisa de Deus, era “coisa do inimigo”, que precisaria procurar uma religião. Por fim disse que acredita que a atitude do filho foi em sua defesa.
ADOLESCENTE
Após garantir os direitos previstos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o adolescente manifestou sua vontade em dar sua versão dos fatos, assim, disse que no dia de hoje (03), foi trabalhar no Lava jato por volta de 06h00min. Às 07h30min, deparou-se com seu padrasto. Segundo o adolescente, o padrasto era empregado do mesmo lava jato, porém, fazia uma semana que tinha pedido demissão. Assim, alega que já estava com ódio dele, em razão das ameças e xingamentos que sua mãe sofre pelo padatro. Ainda segundo ele, o padastro ficava olhando para ele com “cara feia”, então, resolveu retornar para sua casa. Trocou o uniforme por outra roupa, pegou uma faca e voltou para a lava jato. Chegou, foi na cozinha, tomou água e foi para os fundos, ficando lá.
O padastro, que estava lavando um fusca, foi nos fundos pegar uma toalha para passar no fusca, onde acabou “trombando” nele e questionou ao adolescente o que queria e por que estava olhando daquele jeito, sendo que o mesmo respondeu que não queria nada com ele e, retrucou perguntando ao padastro por que não fica “mansinho” da mesma forma que fica “manso” quando o meu tio é liberado do presídio em saída temporária. Neste momento, o padastro perguntou o motivo de citar o nome do tio que está preso, se ele nem estava perto e estufou o peito, neste instante, o adolescente disse que desferiu um único golpe na barriga do padastro que correu, e que por esse motivo ele não conseguiu “terminar o serviço “.
APREENDIDO
Diante dos fatos, o adolescente teve a apreensão ratificada pela autoridade policial judiciária, onde o mesmo permaneceu apreendido a disposição da justiça.
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