Artigo Reflexão: “A sua vida na Vida”
Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei”.
João 2.19
Infelizmente, precisarei começar essa reflexão falando sobre algo que muito nos entristece e nos angustia que é a morte. Como diz nosso ritual “Ainda que estejamos em face de uma das mais profundas realidades da vida, com a qual, por mais constante que seja, dificilmente nos habituamos”. Todos os dias pessoas morrem, recebemos notícias de pessoas de perto e de longe, mas mesmo assim não conseguimos nos acostumar com isso.
Receber essas notícias é ruim mesmo, mas o que mais me entristece, dói e me angustia são notícias de mortes provocadas pela violência, ganância e maldade humanas, visto que são mortes que poderiam ser evitadas; pessoas que teriam uma vida mais prolongada e quiçá feliz; pessoas que, talvez, pudéssemos desfrutar das suas companhias e amizades.
Há quem tripudie e não se importe com a morte de outrem, mas não Jesus o Filho de Deus. Por mais louco ou escandaloso que possa parecer, Cristo sabe muito bem o valor da vida, e é isso que propõe a nós. Através da Sua vida dar-nos vida. Falemos pois de vida então.
A vida Dele própria, que entrega e retoma; a nossa que salva e perpetua; a do mundo, a qual se dispõe a tirar os pecados por sacrifício da Sua própria vida. A nossa vida na vida Dele.
A vida Dele – Diz o quarto Evangelho que a vida estava Nele; Ele é a própria vida. Mas decide entregá-la em favor de nós; essa era a sua maior missão, sofrer e morrer experimentando a pior dor, ser morto inocentemente pela violência, ganância e maldade humanas. Entregou-se a si mesmo em favor de muitos, doou-se por amor. Não fez conta da Sua vida, não foi egoísta. Depois retomou a vida para si, pois, o poder de dar a vida é Dele. A morte não tem poder sobre Ele e isso não diminui a importância de sua morte e nem do seu sofrimento.
A vida nossa – Somos feituras de Deus. Duplamente recebemos de Deus a vida; já no início de tudo e no surgimento por mãos divinas recebemos Dele a vida biológica, viemos a existir para esse mundo. E, por meio de Cristo recebemos a
salvação; nessa salvação recebemos a vida plena que se perpetua. Não bastasse receber a vida plena, completa e íntegra, recebemos também a vida para a eternidade, ela não tem fim.
A vida do mundo – No mundo não interessa só a vida humana, mas também de toda a criação. Também não interessa apenas um grupo de seres humanos, mas a humanidade por inteira. Por tudo e por todos, Jesus aceitou sacrificar-se entregando-se a si mesmo para a redenção do mundo. O mundo ganha nova vida fazendo-se nova criação.
Nessa terceira semana da Quaresma somos convidados e convidadas a refletir sobre nossos planos e propósitos. Nossas intenções são para a morte ou para a vida? Nossas ações estão para a vida ou para a morte? Nossos planos devem estar sempre de acordo com os planos de Jesus.
Rev. Adi Éber Pereira Borges†
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