Artigo Reflexão: “Leigos que sabem agir”

Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges
“Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante
louvores”. Tiago 5.13
Na vida, no vocabulário e na literatura muitas coisas são definidas pelo contexto no qual estão inseridas, e na fala e na escrita em que aparecem. Vemos isso nas culturas nacionais e regionais, nos estilos literários e nos idiomas. Também é comum aparecer esse tipo de situação no poder de análises críticas; por exemplo, no senso comum pode significar uma coisa e na realidade ser outra.

Muitas pessoas têm medo de viajar de avião, muitas outras são apaixonadas e só querem viajar por esse meio de transporte. Dentre o primeiro grupo, a maioria tem medo por puro desconhecimento e falta de informações, sobre esses é comum dizer que são “leigos” da aviação. Por muito tempo eu mesmo estava nesse grupo, mas com o advento da internet e informações disponibilizadas facilmente, também com a popularização dos canais virtuais de aviação, passei a ter conhecimento suficiente que aplacou o medo e me despertou um amor pela aviação.
Então, nesse contexto o termo “leigo” significa não saber, não ter conhecimento do assunto. Entretanto, na nossa reflexão de hoje vamos pensar em outra possibilidade de significado desse termo, visto que, no campo da espiritualidade e da eclesiologia (igreja) prática, a palavra leigos está em outra abrangência.
Leigos são os cristãos que não fazem parte do clero, mas que participam ativamente das atividades e missão ligadas à Igreja. A palavra “leigo” vem do grego laikós e do latim laicus que significa “do povo”. O laicato é o conjunto de laicos, ou seja, de leigos, que são os membros da Igreja que não foram ordenados.
Os leigos são a maioria da Igreja e têm um papel significativo na divulgação do reino de Deus na sociedade secular. Os leigos atuam na presença da Igreja em diversos espaços sociais e culturais, levando o amor de Deus a todas as pessoas. Na evangelização e na promoção humana, os leigos são protagonistas e a parte mais forte da Igreja.

É por isso que faz todo o sentido a orientação de Tiago; claro, se leigos não são, pelo menos no ambiente da Igreja, aqueles e aquelas que desconhecem as coisas, pelo contrário, são a força e agentes de Deus na missão, então se tornam agentes pastorais na vida uns dos outros e na sociedade em geral.
Se onde estamos encontramos alguém sofrendo devemos orar a Deus intercedendo o favor divino. Não fomos chamados para a missão a fim de ficarmos calados e mudos no tempo da provação de nossos irmãos e irmãs. Se acharmos alguém alegre e festejando suas conquistas devemos cantar louvores e nos alegrar com ele e ela.
Os de cá juntam-se com os de lá para unirem-se a Jesus e abençoar os de acolá.
Rev. Adi Éber Pereira Borges†