DIG/DEIC de Araçatuba prende suspeito em Valparaíso/SP durante Operação que mira fraude bancária de R$ 6 milhões

Imagem divulgação
Da redação Diego Alves
A 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), pertencente à Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Araçatuba, participou nesta quinta-feira (10) da segunda fase da Operação Ghosthunters, deflagrada simultaneamente em oito estados brasileiros. A ação é coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Combate a Estelionatos da DIC da Capital, com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB/SENASP).

Em Valparaíso/SP, os policiais da DIG/DEIC Araçatuba cumpriram um mandado de prisão temporária e capturaram um homem de 26 anos, suspeito de integrar uma associação criminosa voltada à prática de furto mediante fraude eletrônica. Segundo as investigações, o detido seria um dos chamados “conteiros” — indivíduos que fornecem contas bancárias e chaves Pix para o recebimento de valores desviados, atuando diretamente na ocultação da origem ilícita dos recursos.
O suspeito, que é proprietário de dezenas de contas bancárias utilizadas para escoar o dinheiro da fraude, foi conduzido à sede da DIG em Araçatuba para as formalidades legais e, em seguida, será encaminhado à Cadeia Pública de Penápolis, onde ficará à disposição da Justiça de Santa Catarina, responsável pelo mandado judicial.
A Operação Ghosthunters visa desarticular um esquema criminoso que causou um prejuízo estimado em R$ 6 milhões a uma fintech sediada em Florianópolis. A fraude, registrada em 15 de julho de 2024, envolveu o acesso indevido ao sistema de tecnologia da empresa, resultando em mais de 300 transações fraudulentas. Na primeira fase da operação, o hacker responsável pelo ataque foi identificado e preso preventivamente.
As investigações já resultaram no bloqueio de cerca de US$ 40 mil em criptoativos, apreensão de um veículo avaliado em R$ 120 mil e bloqueio judicial de até R$ 4,5 milhões. Além disso, aproximadamente R$ 1,5 milhão foi recuperado pouco após a fraude por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED).
Na fase atual, o foco está na identificação de outros coautores e “conteiros” envolvidos no esquema. Ao todo, foram expedidos 23 mandados de prisão temporária e 4 de busca e apreensão em 15 municípios espalhados pelos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

Os investigados podem responder pelos crimes de furto mediante fraude praticado por meio eletrônico/informático (art. 155, §4-B do Código Penal), associação criminosa (art. 288 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (Lei 9.613/1998), cujas penas somadas podem ultrapassar 21 anos de prisão.
A Polícia Civil de São Paulo, por meio da DIG/DEIC de Araçatuba, reforça seu compromisso no combate às fraudes eletrônicas e à criminalidade organizada, atuando de forma integrada com forças policiais de outros estados para garantir a punição dos envolvidos e a segurança do sistema financeiro nacional.
Operação Ghosthunters
O nome da operação faz alusão à expressão “caçadores de fantasmas”, em referência à atuação dos criminosos que utilizam identidades ocultas e meios digitais para praticar crimes cibernéticos, muitas vezes de forma invisível às vítimas e autoridades. A missão das polícias civis envolvidas é justamente desmascarar e responsabilizar esses “fantasmas” do mundo virtual.
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