Ex-assessora registra boletim e diz “temer pela vida” após suposta intimidação do vereador de Araçatuba Damião Brito

Foto: reprodução
Da redação Diego Alves
Uma psicóloga de 32 anos, ex-assessora do vereador Damião Brito (Rede Sustentabilidade), registou boletim de ocorrência na tarde de quinta-feira (16), onde confirma o suposto esquema de “rachadinha” e faz outras acusações contra o vereador.

A ex-assessora procurou a Polícia Civil de Birigui, e relatou que foi chamada pelo vereador para trabalhar como chefe de gabinete. Ela conta que realizou a entrevista de emprego, na qual foi informada que seu salário seria de R$ 2.500,00 mensais, com jornada de trabalho das 08h às 17h30min.
Ela conta ainda que iniciou suas atividades normalmente, mas ao tentar abrir uma conta bancária para receber o salário, a gerente do banco a informou que seria necessário agendar o saque, pois o valor era alto e não havia o montante disponível imediatamente. A mulher disse que ficou surpresa e perguntou o motivo, momento em que a gerente revelou que o salário informado na conta era de R$ 13.000,00.
Ela relata que passou mal e saiu do banco. Retornando ao gabinete, aguardou o vereador e o chamou para conversar. Informou que soube o valor real do salário e que não poderia receber apenas R$ 2.000,00. O vereador, então, teria se exaltado e afirmado que, mesmo que o salário fosse R$ 50.000,00, o dinheiro era dele.
Ela então disse ao vereador que não foi claro durante a entrevista e que, se tivesse sido informada dessa situação, não teria aceitado o cargo.
O vereador então teria proposto um acordo dizendo: “Então vamos fazer assim, não é o certo, mas vamos fazer. Você fica com os dois mil e o ticket de alimentação, e o restante você me entrega.” A mulher então aceitou e entregou o valor restante por receio de sofrer alguma retaliação.

ARMA DE FOGO
A ex-assessora relata também que a arma do vereador ficava sobre a mesa dele e, que ele coagia todos os funcionários do gabinete e exigia que entregassem o salário e o ticket de alimentação, ficando cada um apenas com a quantia que ele permitia.
Ela afirma que após a conversa, o vereador exibiu um vídeo de Marcola, líder do PCC, para a intimidar, afirmando ser primo do criminoso, o que a deixou amedrontada. Depois desse episódio, ela disse que ficou doente e foi afastada do trabalho por 10 dias, com atestado médico.
Durante esse período, ele foi até a portaria do condomínio onde ela mora para receber o dinheiro, mesmo com a ex-assessora apresentando o atestado médico. Ao retornar ao gabinete para trabalhar, no final do dia, o vereador ligou para ela informando que seria exonerada, pois, segundo ele, ela não tinha o perfil adequado para o cargo, já que não aceitava as condições impostas.
Após ser exonerada, a ex-assessora mandou diversas mensagens para o vereador dizendo que ela queria o dinheiro de volta e diversas outras mensagens na hora da raiva. Foi quando a mulher do vereador, teria mandado mensagem dizendo que fez um fake, e que ela tinha prova que era a ex-assessora quem fez o suposto fake, dizendo: “não faz eu ir ai agora não. Você está mexendo com gente grande’’.
No dia 07 de outubro, a ex-assessora entrou em contato com o setor de Recursos Humanos (RH) para saber sobre seus direitos. Após expor a situação, o RH apenas respondeu que sentia muito, sem oferecer suporte. Ela então desabafou sobre o que ocorria no gabinete. O RH visualizou todas as suas mensagens e disse novamente que sentia muito.

VEREADOR
O vereador se manifestou através de nota: Leia na íntegra:
“Sobre os fatos noticiados na imprensa envolvendo o nome do vereador Damião Brito, afirmamos que o parlamentar está seguro da correção de seus atos em prol da comunidade de Araçatuba. O caso em questão envolve ex-assessora que trabalhou no gabinete do vereador por cerca de um mês, mas não se adaptou e, por isso, foi exonerada. Aparentemente, a servidora ficou insatisfeita com sua exoneração, o que é natural, mas tal insatisfação não pode motivar nem justificar denúncias vazias, sem nenhum indício de prova, simplesmente por vingança, para macular a imagem de quem a exonerou. Aliás, não houve sequer denúncia formalizada. O vereador Damião Brito está certo e confiante de que o caso será esclarecido e de que a verdade prevalecerá”.
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