Prefeita Samanta mantém intervenção na Santa Casa de Birigui e nomeia novo interventor
Foto: ilustrativa
Da redação Diego Alves
A prefeita Samanta Borini (PSD), de Birigui, publicou na última quinta-feira (2) um decreto que mantém a intervenção na Santa Casa da cidade, nomeando Fernando Gonçalves Silva como o novo interventor. Ele substitui Miguel Buzahr Neto, que havia assumido como indicação do ex prefeito Leandro Maffeis a função em 22 de agosto de 2024.
Além disso, foram designados os seguintes profissionais para cargos estratégicos:
- Diretor clínico: Juarez Dezuani Dias de Oliveira;
- Diretor técnico: Erastos Cristiano Ochiai Brancalhão;
- Gestor assistencial: Sirlei de Paula Pereira;
- Gestor jurídico: Paulo Eduardo Rocha Fornari.
Histórico da intervenção
O decreto detalha a cronologia da intervenção, iniciada em fevereiro de 2022, e cuja última prorrogação, em 15 de agosto de 2024, determinava validade de 180 dias, expirando em 10 de fevereiro de 2025. A justificativa para a continuidade da intervenção é a dívida crescente da Santa Casa.
De acordo com o documento, a dívida do hospital aumentou cerca de 27% durante os dois anos de intervenção da gestão Leandro Maffeis, passando de R$ 46.245.657,83 (relatório inicial em fevereiro de 2022) para R$ 58.912.282,53 (ofício de 27 de dezembro de 2024), um acréscimo de R$ 12.666.624,70.
Estrutura hospitalar
A Santa Casa de Birigui possui 120 leitos de internação, dos quais 76 são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital oferece serviços nas áreas de clínica médica, cirúrgica, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, pediatria e UTI adulto.
É referência em atendimentos de baixa e média complexidade para Birigui e mais 10 municípios da região: Brejo Alegre, Bilac, Coroados, Lourdes, Turiúba, Buritama, Piacatu, Gabriel Monteiro, Santópolis do Aguapeí e Clementina. Juntas, essas cidades somam mais de 187 mil habitantes.
Déficit nos tributos
O decreto também aponta que os tributos relacionados à folha de pagamento dos funcionários, incluindo INSS e FGTS, não estão sendo recolhidos desde outubro de 2021, devido à falta de recursos. Isso ocorre mesmo com o convênio estabelecido entre a Irmandade e a Prefeitura, que deveria garantir o pagamento dos salários dos empregados.
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