Responsável por ataque em escola no ES diz ter se preparado com vídeos na internet
Da redação Diego Alves
O atirador de 16 anos que invadiu duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, na sexta-feira passada, matando ao menos quatro pessoas, disse em depoimento à Polícia Civil que se preparou para os ataques com base em vídeos disponíveis no Youtube, informação que será apurada pelos investigadores.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Estado, José Darcy Arruda, o adolescente pode realmente ter aprendido a manusear as armas com base em vídeos, mas existe também a possibilidade de ele ter recebido instruções de maneira presencial, o que será investigado. “O adolescente disse em depoimento que aprendeu pelo YouTube, mas ele pode ter aprendido de forma presencial ou virtual. Iremos apurar como foi”, confirmou Arruda.
Sobre a motivação do crime, o delegado disse ainda não ter uma conclusão: “Ainda estamos investigando e buscando, porém a literatura nos diz que o atirador ativo geralmente são pessoas mentalmente perturbadas, se isolam e tem tendências a ligar a grupos extremistas e quando agem não tem alvo definido”.
Uma coletiva de imprensa sobre a investigação está marcada para acontecer na manhã desta segunda-feira, 28, na Secretaria da Segurança Pública.
Feridos
De acordo com o último boletim divulgado pelo governo capixaba sobre o caso, às 18h deste domingo, cinco pessoas permanecem internadas após terem sido feridas no ataque.
No Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves estão duas mulheres de 45 e 52 anos. Elas seguem na UTI em estado considerado grave. No Hospital Estadual de Urgência e Emergência “São Lucas”(HEUE) está uma mulher de 58 anos com estado de saúde estável. “Aguarda melhora de feridas em membro inferior para ser submetida à nova cirurgia”, informou o governo.
No Hospital Estadual N.Sra. da Glória “Infantil de Vitória” (HINSG) seguem internados um menino de 11 anos, que evoluiu para um quadro estável e foi levado para uma unidade semi-intensiva, e uma menina de 14 anos, que está entubada em uma UTI em estado grave.
Fonte: O Estado de S. Paulo.