Artigo Reflexão: “Autoridade”

Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges †

“ E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele ”. Mateus 17.23

Em nossa última conversa através da escrita, falamos a respeito da liberdade com responsabilidade. Confesso que gostei muito de dialogar com vocês sobre esse assunto; eu aprendi bastante. E digo dialogar por duas razões: a primeira é porque eu tenho certeza que muitos de vocês conversaram comigo através da leitura, pois, o fato de ler demonstra reciprocidade; a segunda é que muitas pessoas vieram até mim e me deram o retorno de suas impressões. Isso é muito prazeroso.

Agora, eu quero caminhar um pouquinho mais, talvez andar a segunda milha desfrutando da agradável companhia de vocês. Caminhe comigo… Se podemos exercer nossa liberdade, mas essa precisa ser com responsabilidade, como podemos fazêla com autoridade? Em outras palavras, como podemos obter o respeito para garantir nossa liberdade?

Olhando para o texto do Evangelho de Mateus em que nos conta sobre a experiência da transfiguração de Jesus Cristo no alto do monte e diante dos olhos dos discípulos Pedro, Tiago e João, encontro o que eu chamo de pistas para a resposta de nossa pergunta. Repare bem, o evangelista nos diz que naquele momento apareceram ao lado de Jesus Moisés e Elias, dois personagens de muito significado e exemplo de vida para o povo, duas figuras de referência. E essas duas figuras junto com Jesus personificam três questões que se observadas e praticadas dão autoridade para o exercício da liberdade.

Elias é a personificação da fala profética, ou seja, representa o falar daqueles e daquelas que desejam ter a liberdade de expressar suas opiniões, sentimentos e desejos e ainda mais quando estão expressando a vontade de Deus. Moisés é a personificação das leis divinas, foram dadas através dele as boas orientações para o bem viver em sociedade. Há diretrizes que balizam a responsabilidade do viver comunitário respeitando a liberdade de cada pessoa.

Jesus, o Cristo de Deus, na unção e na inspiração do Espírito Santo agiu o tempo todo unindo essas duas questões, e por isso tinha autoridade no que fazia. Jesus falava com autoridade porque seguia e cumpria cabalmente, com responsabilidade, as leis de Deus. Assim, Ele vivia o que falava, ensinava e pregava.

O velho ditado tem que ser, necessariamente, eu Falo e Faça o que eu Faço ”. “ Faça o que É preciso viver o que se fala, para viver livre e com autoridade. Não com autoritarismo; esse é contrário à liberdade, é perverso e maligno; quem age dessa forma não vive o que prega.

Respeitamos o direito porque queremos ter o direito de viver; viver com responsabilidade podendo falar com autoridade.

Rev. Adi Éber Pereira Borges †

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