Acusado de matar mãe e padrasto estava interditado e deve passar por exame de sanidade


Da redação Diego Alves
O promotor de justiça de Araçatuba Adelmo Pinho informou que Daniel Cantarini, 36 anos, preso sob acusação de matar a mãe e o padrasto em companhia do namorado já estava interditado judicialmente pela família antes da prática do duplo homicídio, ocorrido no dia 14 do mês passado. Na denúncia apresentada pelo promotor e acatada pela Justiça nesta semana, Pinho revelou que pediu, com base na notícia de interdição, um exame de sanidade mental em Cantarini.

“Com base neste exame, que será realizado por um psiquiatra forense, colheremos subsídios para que a denúncia prossiga com mais propriedade. Se o exame constatar que grau leve ou moderado de problemas psiquiátricos, ele poderá a pena reduzida, numa hipótese condenação pelo Tribunal do Júri. Caso o exame médico constate que ele tinha pleno discernimento do que estava fazendo, a pena será maior”, explicou o representante do Ministério Público Estadual de Araçatuba.
Pinho afirmou ainda que não há previsão para que os acusados, presos preventivamente, deponham na Justiça. “Não posso falar mais sobre esse processo já que a Justiça decretou segredo de Justiça no caso”.
A Justiça de Araçatuba acatou no começo desta semana a denúncia contra o rapaz acusado de matar a mãe e o padrasto com ajuda do namorado. Foram denunciados por homicídio com cinco qualificadoras Daniel Cantarini, 36 anos, filho de Magali Cantarini Luz, 61, e enteado de Lourival Aparecido Poletti, 56, e o namorado de Daniel, Renato Balbino de Sousa. Já a mulher que teria fornecido medicamentos para dopar o casal e que também seria uma das autoras intelectuais do crime, Elenice Nascimento, 40 anos, foi denunciada por homicídio com quatro qualificadoras e sua prisão foi mantida.

Antes de decidir matar a mãe e o padrasto com golpes de porrete, segundo o delegado de Polícia José Abonísio, Daniel adotou medidas estranhas como buscar rituais de magia negra e ficar nu dentro do cemitério numa noite de sexta-feira, para fazer uma purificação antes dos assassinatos e ganhar coragem para cometer os homicídios.
Agora, com a denúncia aceita pela Justiça, o processo seguirá seu rito normal e brevemente deverá ser marcada a data de depoimento de todos os réus perante o Juiz.
Reconstituição foi crucial
No último dia 18 de janeiro ocorreu a reconstituição do crime que chocou Araçatuba. De acordo com o inquérito conduzido pelo delegado da DIG/DH (Delegacia de Investigações Gerais e Delegacia de Homicídios), José Abonísio, o filho, auxiliado pelo namorado, matou a pauladas a mãe e o padrasto, em uma casa no Jardim Primavera, no dia 14 do mês passado. Os dois, Daniel Cantarini, 36 anos, que era filho de Magali Cantarini Luz, 61 anos, e enteado de Lourival Aparecido Poletti, 56 anos, participou da reprodução do duplo homicídio junto com o namorado, Renato Balbino de Sousa, 37, ambos presos em cadeia da região.
De início, uma revelação surpreendente. Os dois teriam a intenção de queimar os corpos das vítimas após a execução das vítimas à pauladas.

Os acusados pelo crime estão respondendo por homicídio quintuplamente qualificado: encomendamento das mortes com oferta de dinheiro, motivo fútil, meio cruel que impossibilitou chance de defesa às vítimas, traição e feminicídio. Elenice está respondendo pela mesma acusação, com quatro qualificadoras.
Fonte: Folha da Região
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