Artigo Reflexão: “Proximidade gera semelhança”
Por: Rev. Adi Éber Borges
“Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. Mateus 4.18-19
Creio não haver dúvidas da influência que um pai e uma mãe tem na vida de seus filhos e filhas. No caso daqueles e daquelas que convivem muito próximos e tem um apego muito grande, isso é ainda mais visível. É natural que os filhos e filhas se pareçam e até pensem de forma semelhante aos pais e mães. Mesmo que haja conflitos entre as gerações, percebemos características físicas, emocionais, psicológicas e comportamentais. No caso familiar, essa influência e semelhança pode ocorrer também no lado negativo, por isso, os pais e as mães precisam tomar muito cuidado com o exemplo que estão dando aos seus filhos e filhas.
Vejam que, no texto em epígrafe temos uma dupla de irmãos que exerciam a mesma profissão, e na continuidade do texto encontramos outra dupla de irmãos que, influenciados pelo seu pai, também exerciam essa mesma profissão; eram pescadores. Homens que pela proximidade familiar e de amizade tinham vidas semelhantes.
Jesus, indo até eles, os encontrará no mesmo lugar e fazendo a mesma coisa e os convida a seguí-lo.
Esse é um fato muito interessante, porque, muito provavelmente Jesus já se tornara conhecido deles e mesmo assim não são eles que buscam a Jesus e sim o inverso; é Jesus que vai ao encontro daquelas pessoas e propõe uma proximidade de vida. Ah…e como vimos e percebemos, proximidade gera semelhança, e é essa a proposta do reino de Deus; nos tornarmos ainda mais semelhantes a Jesus.
Duas características evidentes em Jesus que o texto nos mostra e que nos leva a parecer com Ele quando nos dispomos a andar perto Dele; amor e disposição de partilhar a vida com outras pessoas. O amor de Deus por nós é tão grande que Ele fez questão de vir e se manifestar a nós por meio de seu Filho Jesus (Epifania); Ele se aproximou e se colocou no meio de nós. E, por intermédio de Jesus, partilhou a vida conosco e deseja que façamos o mesmo com o nosso próximo. Em que pese que em uma época extremamente machista fizesse com que a tradução para o português tenha sido muito mal feita porque eles não se tornariam pescadores de homens. A proposta de Jesus era que eles e nós fôssemos pescadores de seres humanos, pescadores de gente.
A ideia é que, quando recebemos o privilégio de vivermos próximos de Jesus, nos tornemos tão semelhantes a Ele que naturalmente amaremos e buscaremos nossos semelhantes para partilharmos a vida e o convívio próximo de Jesus; e assim, sempre revivendo a manifestação de Deus em nossa história.
Por: Rev. Adi Éber Pereira Borges†