Artigo: Setembro Amarelo: Um Olhar Aprofundado Sobre a Prevenção do Suicídio
Foto: Divulgação
Por: Doutor Fabrício Otoboni
O Setembro Amarelo, campanha global de conscientização sobre a prevenção do suicídio, transcende o status de mero evento anual. Ele é um lembrete contínuo de que a saúde mental é um pilar fundamental da existência humana, e que o silêncio em torno do sofrimento pode ser fatal. O movimento tem suas raízes em uma história de compaixão e perda, iniciada nos Estados Unidos na década de 1990.

Em 1994, após a morte de um jovem chamado Mike Emme, que tirou a própria vida, seus pais e amigos distribuíram cartões de fitas amarelas com mensagens de apoio. A escolha da cor amarela foi inspirada no carro de Mike, um Mustang amarelo de 1968. A iniciativa simples, que incentivava as pessoas a buscarem ajuda, evoluiu para o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, estabelecido em 10 de setembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e posteriormente abraçado pelo Brasil por meio do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
O comportamento suicida, muitas vezes estigmatizado e mal compreendido, é um complexo problema de saúde pública que exige uma abordagem multifacetada. A ideia de que “quem fala não faz” é um dos mitos mais perigosos que circundam o tema.
Na verdade, a verbalização da dor, seja de forma direta ou indireta, é um dos principais sinais de alerta de que uma pessoa está em sofrimento profundo. A identificação desses sinais é o primeiro e mais crucial passo para a prevenção. Além das falas diretas, como “eu quero morrer” ou “não aguento mais”, é vital estar atento a sinais comportamentais: o isolamento social, o afastamento de amigos e atividades que antes davam prazer, o aumento do uso de álcool e outras drogas, a busca por meios letais (como a aquisição de armas ou o acúmulo de medicamentos), e mudanças repentinas de humor, especialmente a transição da tristeza profunda para uma aparente calma ou euforia, que pode indicar a decisão de cometer suicídio. Sinais emocionais e cognitivos também são importantes, como sentimentos de desesperança, culpa, inutilidade e a percepção de ser um fardo para os outros.

A Atenção Primária em Saúde, representada por instituições como a Unidade Básica de Saúde (UBS), tem um papel insubstituível na linha de frente do combate ao suicídio. É na UBS que o primeiro contato com o paciente em sofrimento muitas vezes acontece. O psicólogo clínico, em colaboração com toda a equipe de saúde (médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde), é fundamental no acolhimento humanizado. Este profissional pode realizar a avaliação inicial, o acompanhamento psicoterapêutico, e, quando necessário, o encaminhamento para serviços de maior complexidade, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). O tratamento na UBS não se resume apenas a consultas individuais; ele pode incluir grupos terapêuticos, oficinas de psicoeducação e articulação com a rede de apoio social.
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