Trabalhador detido acusado de iniciar incêndio em obra no Portal da Pérola II permaneceu preso
Foto Diego Alves/Birigui Notícias da Hora
Da redação Diego Alves
A Polícia Militar confirmou que o homem de 31 anos detido durante um incêndio em uma obra no Portal da Pérola II, em Birigui, permaneceu preso após o registro da ocorrência na manhã desta sexta-feira (21). O caso, inicialmente atendido como desinteligência entre trabalhadores terceirizados por causa de salários atrasados, evoluiu para crime de incêndio e dano.

A equipe do Birigui Notícias da Hora esteve no local e apurou que entre cinco e seis trabalhadores terceirizados estariam insatisfeitos com a empresa responsável pelos seus contratos. Eles afirmaram ter sido contratados há cerca de três meses por uma firma de Ribeirão Preto, mas que o salário referente ao mês de outubro não foi pago. Desde então, segundo relataram, vivem em um alojamento mantido pela construtora principal, já que a terceirizada não estaria arcando com hospedagem ou despesas básicas.
Revoltados com a situação, alguns funcionários teriam colocado fogo em paletes no canteiro de obras como forma de protesto. Durante o atendimento da ocorrência, a Polícia Militar flagrou um trabalhador de 31 anos arremessando mais materiais sobre as chamas, agravando o incêndio. Ele foi contido, algemado e encaminhado ao Plantão Policial.
Enquanto realizavam a verificação documental dos envolvidos, o sistema Muralha apontou que um dos trabalhadores presentes era procurado pela Justiça. Contra ele havia um mandado de prisão cível expedido pela Vara Única de Bequimão (TJMA), prevendo 60 dias de detenção. Ele também foi detido e conduzido à delegacia.

Em conversa com a reportagem, os trabalhadores relataram que apenas o primeiro mês de serviço foi pago. “Fizemos reunião com o sindicato e nos ofereceram só a passagem e R$ 100 para voltarmos a Ribeirão Preto atrás da empresa. Estamos morando de favor no alojamento porque a terceirizada sumiu. Tenho pensão atrasada, minha mãe está doente e eu não consigo mandar dinheiro para ajudar”, contou um dos operários.
Outro completa: “Viemos do Maranhão e do Piauí para trabalhar. Ficar sem receber, sem resposta e ainda ver nosso amigo ser detido é muito constrangedor. Todos temos família dependendo desse pagamento.”
Equipes do Corpo de Bombeiros atuaram no combate ao incêndio. Paletes, canos de plástico e sacos de cimento foram destruídos pelas chamas.

Representantes da empresa e do sindicato também estiveram na obra e confirmaram que há uma disputa trabalhista envolvendo seis funcionários, já em tratativas com o Ministério do Trabalho.
O delegado de plantão registrou o caso de natureza incêndio e dano. O homem que iniciou o fogo e o trabalhador procurado permaneceram à disposição da Justiça.
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