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Estudantes do IFSP de Birigui fazem manifestação contra cortes na Educação

Fotos divulgação

Da redação Diego Alves

Cerca de 150 estudantes do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) campus de Birigui, paralisaram as aulas e fizeram uma manifestação contra o bloqueio do orçamento de R$ 1,6 bilhão das instituições federais de ensino, no Dia Nacional de Atos Contra os Cortes de Verbas na Educação.

Com faixas e cartazes, eles se concentraram na manhã desta quinta-feira (9), na praça Dr. Gama, para mostrar para a população o que está acontecendo e os impactos que os cortes anunciados pelo Ministério da Educação poderá ocasionar nas atividades acadêmicas.

Um novo ato estava marcado para as 19h, no próprio campus do instituto – localizado a rua Pedro de Cavalo, 709, residencial Portal da Pérola 2. Na ocasião, eles farão roda de conversa entre alunos e comunidade.

De acordo com o presidente do Centro Acadêmico do curso de engenharia de computação, Cesar Augusto Gomes dos Santos, houve uma rotatividade de alunos na manifestação, totalizando cerca de 150 participantes. O número ficou dentro do que era esperado pela organização, que seriam os próprios estudantes.

“Conseguimos colocar o instituto federal no lugar de fala e mostrar o nosso descontentamento com o corte de verbas. Diversos populares acabaram se envolvendo no movimento e abraçaram a nossa causa”, disse.

Para o estudante, as universidades públicas em geral estão tendo de viver em constante batalha para se manterem em funcionamento e, infelizmente, os alunos têm de lutar por um direito que já é deles, que é ter uma educação gratuita de qualidade. “As universidades públicas não podem retroceder, pois é de uma educação gratuita que se forma uma sociedade pensante e crítica”, disse, lembrando que também por meio de protestos em todo país foi barrado um corte de 30% na verba da Educação em 2019.

Melhorias

Em vez de cortes, falta investimento no IFSP. De acordo com Santos, o campus de Birigui com questões estruturais e está precisando de reformas urgentes. O bloco A, por exemplo, está interditado há mais de um ano por rachaduras nas paredes que ameaçam a segurança dos alunos.

Outra questão é a alimentação. Os alunos do ensino médio recebem alimentação 100% subsidiada. Já os de engenharia têm de pagar R$ 13 pelo prato feito, algo que se torna inviável para grande parte dos alunos, tendo em vista que o auxílio-alimentação oferecido é de R$ 200, o suficiente para apenas 15 refeições. O prato feito é oferecido apenas no almoço.

“Um terceiro ponto em nosso campus é a questão de monitoramento e segurança. A verba destinada ao instituto não possibilita a contratação de uma quantidade de seguranças que atenda a demanda e o dinheiro que seria destinado para a compra e instalação de equipamentos de segurança foi cortado agora”, contou.

Formação

Para o diretor do IFSP de Birigui, Edmar César Gomes da Silva, o movimento estudantil é positivo, pois os estudantes estão sendo diretamente afetados. Ele ressalta que não houve envolvimento de professores e direção na organização.

“Participamos apenas quando somos convidados para fazer algum esclarecimento. Mas acreditamos que esse tipo de movimento pressiona o governo a repensar suas ações e é importante para a formação dos alunos como cidadãos”, disse

Fonte: Hojemais Araçatuba

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